Racismo Ambiental: A Ferida Invisível na Mente das Comunidades Mais Afetadas
- Instituto TJNS

- 11 de set.
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O racismo ambiental, fenômeno que expõe comunidades historicamente marginalizadas a impactos ambientais desproporcionais, tem profundas e muitas vezes invisibilizadas consequências na saúde mental. Em Petrópolis, essa conexão tem ganhado destaque em debates e ações, impulsionando a necessidade de uma abordagem integrada entre justiça ambiental e cuidado psicológico.
Recentemente, fomos até a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FASE) para ministrar uma aula fundamental que buscou trazer o racismo ambiental para o centro do debate sobre saúde mental. A iniciativa ressalta a urgência em reconhecer como as injustiças socioambientais, que afetam de forma mais severa populações negras, indígenas, quilombolas e outros grupos vulneráveis, deixam marcas profundas no bem-estar psicológico. Esses impactos, embora muitas vezes subestimados ou ignorados, são sentidos de maneira intensa por aqueles que sofrem diretamente as consequências da degradação ambiental e da falta de infraestrutura adequada. A discussão sobre o tema ganhou ainda mais relevância em Brasília no 1º Encontro Nacional das Comissões de Riscos, Emergências e Desastres dos Conselhos Regionais de Psicologia. O evento proporcionou um espaço valioso para a construção coletiva do papel da Psicologia na promoção da saúde pública e mental, especialmente em cenários de desastres. Estivemos em Brasília no junto ao Conselho Federal de Psicologia no qual, a troca de experiências sobre o enfrentamento ao racismo ambiental e as ações emergenciais em Petrópolis demonstrou a importância de uma articulação robusta, baseada na escuta ativa e na união de diferentes saberes, conselhos e organizações. Isso mostra que cuidar da saúde mental exige articulação, escuta e união entre diferentes saberes, conselhos e organizações.
Essa articulação é essencial para garantir que o cuidado com a saúde mental seja um pilar fundamental nas políticas de prevenção e resposta a desastres ambientais, reconhecendo as especificidades e vulnerabilidades das populações mais afetadas pelo racismo ambiental. A experiência petropolitana evidencia que o combate à injustiça socioambiental é indissociável do cuidado com a saúde mental, exigindo um compromisso conjunto para construir cidades mais justas, equitativas e resilientes.



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